Alan

PROIBIDO PARA MENORES E RELIGIOSOS.
Esse texto foi produzido a partir de um exercício em que eu precisava criar um personagem e ele deveria acordar um dia com algo diferente no corpo.
Contém cenas inadequadas para menores e religiosos.

Alan
Alan era um seminarista alto, magro, loiro e de olhos claros. Era desejado por muitas mulheres. Mas ele era um homem sério, zelava pela santidade, era muito educado, inteligente e organizado.
Seria sua principal característica o autocontrole. Ele adorava ter o controle das situações e nunca perdia o controle de si. Nunca era rude, nunca explodia, nunca fazia nada errado e nunca desobedecia as ordens dos seus superiores. Alan nasceu para ser padre.
Um dia, ele acordou e levou um susto: seu pênis tinha trocado de lugar com seu nariz.
"Como assim? Como isso aconteceu? O que isso significava? Como poderei manter minha santidade com esse pau na minha cara? O que as pessoas pensarão de mim?" Pensou em o que teria feito para receber tal castigo divino.
Ele se confessou, se puniu, se culpou e não se perdoou. Teria que dar um jeito naquilo e a única saída parecia se castrar.
Alan, que sempre foi muito puro, tocou pela primeira vez seu novo nariz, descobriu que a sensação era muito boa, nada se comparava aquilo. Por outro lado, quando viu seu ex nariz, tão pequeno, no lugar do seu órgão sexual, se chocou. Era como se tivesse deixado de ser homem. Mas desde quando ele se importava em ser homem?
O que mais o preocupava era como esconder aquilo. Chamou uma maquiadora achando que daria jeito, mas mesmo uma maquiagem 3D não foi eficaz. No entanto, a maquiadora era linda e Alan percebeu que, como Pinóquio, seu nariz cresceu.
Resolveu chamar uma figurinista, talvez ela tivesse uma boa ideia, mas ela disse que a melhor coisa seria vestir uma fantasia de elefante.
“— Está doida! Como vou andar por aí fantasiado assim? Não é carnaval!”
“—Ué... a tromba você já tem!”
Alan soltou um espirro, espermas saíram do nariz. Se ele soltava esperma por cima, como deveria ser respirar por baixo?
Não havia saída. Ou ele se aceitava do jeito que era, ou ele se castrava.
Ser homem... Ser assexuado...
A última vez que vi Alan foi há cerca de 50 anos quando ainda estudávamos juntos no seminário. Ele me mostrou o acontecido, estava diferente e com uma voz fanha. Ele me contou que tinha feito de tudo pra esconder e não havia conseguido. Decidiu contar para seus superiores e pedir que fizessem uma operação nele.
Lembro que haviam reunido um grande conselho com os homens mais importantes da igreja. Depois disso, não o vimos mais.
Alguns dizem que a santa inquisição voltou e o queimaram por ser um bruxo. Há quem diga que ele foi pra Índia e virou um guru muito adorado. Também ouvi falar que ele virou um ator de filme pornô, deve ter feito muito sucesso em Hollywood. Ou quem sabe virou um sheik árabe cheio de mulheres em seu harém?
Alan era um bom moço, talvez tenha viajado o mundo e aproveitado a vida. Afinal, quem tem a oportunidade de ser diferente? Ele provavelmente andou cheirando as donzelas que encontrou no caminho, deixou-as beijarem a ponta de seu nariz e as fez muito feliz.

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