A História de um cenário

Esse exercício foi diferente. Um colega da oficina de texto escreveu a descrição de um cenário (não entendi bem a letra) e eu precisava criar um personagem e uma historia se passando dentro desse cenário.
Cenário
"Copo d’agua, com alguns pingos como pequenas poças que eram, no máximo, umas três. Papéis largos e claros parecendo cartolinas acompanhada de lapiseiras negras com bordas douradas anunciando uma marca francesa, dada de presente. Instrumentos feitos para a mesa e alguns deixados no chão, triangular, retangular e circulares são as formas que definem.
O chão, por onde os instrumentos estão, é feito da madeira de onde o copo, os papéis, as lapiseiras é feita de uma madeira lustrada recentemente (...) mas que havia deixada cortes pequenos e nada grande, por alguma (...) esquecida. Os papéis que estavam neste chão foram deixados lá, para serem recolhidos por quem quer que seja e foram assim como a lapiseira da marca francesa de borda dourada, (...) por este como presente de uma viagem de alguns dias e nele estava a borracha e o copo d’agua, os instrumentos e o resto de ajustes (...) por onde entrava a luz de uma cidade invisível." Luiz
Historia do cenário
Está bem escuro. Ele irá encontrar seus filhos ao amanhecer. Sentado na sua poltrona de couro, permanece ouvindo o som do silêncio e escrevendo em papéis que se parecem com cartolinas. Usa sua lapiseira negra com borda dourada que ganhou de presente, quantas lembranças da viagem que fizeram à França. Sente falta da presença das crianças e não sabe demonstrar pra eles o quanto os ama, o quanto são importantes para ele.
Quando estavam juntos, brincavam o tempo todo, desde jogar videogame até jogo de tabuleiro. Ah... você não deve saber o que é jogo de tabuleiro, né? Deve ser muito novo pra isso... Mas eles adoravam! Eram momentos maravilhosos que passavam juntos.
Seus filhos são crianças excelentes, com certeza serão ótimos adultos. Sortudas serão as mulheres que se casarem com eles. Eles serão maridos melhores que seu pai foi. Ele errou, o orgulho o fez perder a pessoa que mais amou. Por mais que ele pensasse em recomeçar, agora era tarde. Já existia outro ao lado dela na cama.
Assim que ele levanta, fica tonto e começa a derrubar coisas que estão em cima da mesa. Sente uma dor forte no peito. De uma de suas mãos cai o copo com o resto de água que bebia. Da outra, a lapiseira francesa junto com os papéis que se espalham pelo chão.
O chão, de madeira, lustrado recentemente, recebe o peso do seu corpo. As últimas coisas que ele vê são o copo e algumas coisas que não consegue identificar. Apenas vê formas triangulares, retangulares e circulares e folhas com o texto que acabou de escrever. Olha para elas como quem se despede de alguém com muito amor.
Apagou a luz da “cidade” invisível.

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